E O CUSTO DE VIDA....
Por: Yunuss da Silva
Pagar no mínimo 6 mil kwanzas pela agua pelo mero facto de se viver no Kilamba é um dos muitos desafios ( facturas) que os moradores enfrentam.
O alto custo de vida para quem vive no Kilamba prova que Angola não está peeparada para um desenvolvimento sustentável no sector da habitação, pois, ao reconhecer-se que o pais enfrenta um problema habitacional era preciso não esquecer-se que o mesmo afecta a maioria da população de diferente extractos sociais.
Para que extracto social foi construido o Kilamba, pois não é tão fácil responder-se a pergunta, vive no Kilamba, regra geral, cidadãos ordinários fantasiados pelo sonho da " casa própria", os quais, tudo mais alguma coisa fizeram para serem chamados de "Kilambistas".
Entre moradores também existem os demagogos, não sabem separar politica da cidadania, fazem propaganda barata, pensam que são mais militantes que uns, esquecem-se que o fim último é servir o pais, o bem comum, esses nunca permitiram qualquer analise, mesmo que superficial do custo de vida, ou sobre a forma em como alguém pretendia transformar o Kilamba numa cidade cara num pais ainda pobre.
O que mais ouvia-se era de que quem " não consegue deve voltar" , pois Kilamba era para os que podem e não para os que querem.
Até uma simples taxa de condominio foi usada para provar o "poderio e vaidade" de uns, enquanto uns estipularam 4.000kz, outros, motivados pelo exibicionismo, estipularam 10.000, tudo porque agora ninguem tem tempo para limpar o pequeno espaço comum de um andar, algo que no bairro toda mulher considera parte integrante da limpeza de sua casa. A moda é contratar empresa de limpeza, segurança e jardinagem, e quanto mais caras forem, melhor.
Pagar 4.000 à 10.000 de condominio, 2.000 de energia, 6.000 de agua, 20.0000 à 30.000 de combustivel ou transporte, é só um cheirinho do custo de vida para quem vive no Kilamba, tudo isto em troca do sonho da " casa própria" e numa cidade onde não falta àgua ou energia?
Hoje até para fugir do Kilamba, arrendando a casa a terceiros, não será fácil, pois poucos terão a ilusão se viver no Kilamba e pagar taxas absurdas.
Sabe-se que Luanda tem serios problemas mas ainda vive-se, por isso um plano B é sempre indispensável, quando já não estiver a dar, aplica-se o Plano B.
No comments:
Post a Comment